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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O guia da Fotografia de Comida

Por Claudia Regina

Você com certeza já viu aquelas fotos lindas de sanduíches do McDonald’s e achou um absurdo quando viu o sanduíche de verdade. O porém é que a fotografia de alimentos não existe para mostrar a verdadeira aparência dele e sim transmitir a sensação de quando saboreamos aquele alimento. Nesse caso as fotos do McDonald’s fazem muito mais sentido, não é?

Pensando nisso eu e o amigo Vitor Hugo, autor do blog Prato Fundo, fizemos uma mini-série de artigos sobre fotografia de comida. Eu adoro fotografar, adoro fotografar comida e, embora meu blog de culinária esteja abandonadinho, adoro cozinhar. O Vitor também é apaixonado por comida e fotografia – dá para ver pelo seu blog – e por isso resolvemos nos juntar e contar os nossos segredos para deixar sua fotos de alimentos muito mais “gostosas”. Eu fiquei com a parte técnica de equipamento e iluminação – que você lê abaixo – e o Vitor ficou com a parte de Composição e Produção do prato (Série 101 – Fotografia de Comida).

Equipamento para fotografar comida

Câmera

Embora seja possível tirar fotos ótimas com qualquer câmera vamos partir do princípio que você tem mais controle por isso está lendo este aritogo: então daqui pra baixo vou tratar de assuntos para quem tem ou quer ter uma câmera com controles manuais e, preferencialmente, possibilidades de troca de lentes. Qualquer SLR serve. Não é necessário ter uma top de linha para fotografar comida.

Lente

Para criar aquele efeito magnífico de profundidade (com um DOF bem curto) é interessante ter uma lente clara, entre 1.8 e 2.8. Na minha opinião ser uma lente macro não é essencial, afinal você pode tirar a foto de longe com uma tele ou mesmo aproximar depois na pós-produção. O importante é que seja uma lente de qualidade e bem nítida.



Uma lente bem barata e que faz milagres na hora de fotografar comida é uma 50mm 1.8. Você não vai precisar se aproximar tanto e a abertura vai possibilitar utilizar bastante iluminação ambiente, além de criar aquele DOF que dá o charme. Também existem opções no mercado de lentes mais tele como 85mm ou Zoom. No momento eu utilizo uma Canon 50mm 1.8 e uma Sigma 24-70mm 2.8.
Iluminação

Se você não tiver flash a luz natural pode ser o suficiente. Mas o inconveninente de depender de luz natural é que você só vai poder fotografar de dia… rs… veja um exemplo de foto utilizando luz natural:



A “luz da lâmpada” também poderia ser considerada “luz natural”, mas ela é bem mais fraca e você precisará deixar as configurações bem apuradas para que fique nítido.

Evite com todas as forças usar o flash embutido da câmera. Utilizar um ou mais flashes externos é o ideal: para um efeito suave use sombrinhas ou difusores. Ao usar flash diminua sua intensidade para poder usar a abertura mais ampla. Se possível aposte na luz contínua.

Abaixo um exemplo de foto utilizando luz contínua, sem difusores:



Como você pode ver no setup desta foto não utilizei nenhum difusor, por isso as sombras estão duras:



Mas você não precisa ter um estúdio para montar sua bela foto. Cuidando com o que tem em volta você pode tirar a foto na própria cozinha! Veja a foto abaixo:



Eu queria fazer uma foto da janta sem pretensão nenhuma, então deixei o prato em cima da mesa com bagunça e tudo! Como você pode ver no setup abaixo usei o flash com rebatedor, uma parte da luz foi para o fundo e a outra preencheu a iluminação do prato:



Se o interessante da comida for sua textura é legal manter uma luz mais direcional.

Tripé

Ter um tripé é bastante interessante, principalmente se você estiver utilizando luz natural. Para aproveitá-la mais você terá que usar uma velocidade mais baixa e para conseguir uma foto bem nítida será essencial utilizar um tripé. Se você não tem um tripé lembre-se de usar velocidades mais altas, pois fotografia de comida não é nada se não estiver nítida.

Configurações do equipamento

Repetindo: fotografia de comida não é nada se não estiver nítida. Então tente manter as configurações formatadas de forma que você consiga aproveitar a luz mas mantenha a niditidez.

ISO: Use o ISO mais baixo possível. Usar ISO alto faz sua imagem ficar mais granulada e com menos contraste.

Abertura: Controle a abertura para que seja possível manter um DOF interessante. Se quiser deixar mais alimentos em foco feche um pouco, se quiser somente um pedacinho em foco deixe na máxima abertura da sua lente. Você pode “melhorar” esse efeito de profundidade na pós-produção caso não tenha uma lente muito clara.

Velocidade: de acordo com os dois itens acima calcule a velocidade necessária para uma exposição correta. Se for muito baixa (em média abaixo de 1/100, mas depende da distância focal) use um tripé.

E lembre-se: sempre que possível fotografe em RAW.

Veja mais em : dicas de FOTOGRAFIA.com.br

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