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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

10 Dicas Para os Aspirantes a Fotógrafos de Rua



Texto de Eric Kim
Tradução: Rogério Limas  

Sejamos sinceros, começar a fazer fotografia de rua não é uma tarefa fácil. Para o fotógrafo comum, ir de fotografia de flores para fotografar pessoas nas ruas é como dirigir uma Ferrari depois de estar acostumado a dirigir um carro popular. É intimidante no início, mas se torna estimulante à medida que se pratica. Depois de fotografar as ruas por cerca de quatro anos, aqui estão minhas dez dicas para todos (que não tenha nenhum conhecimento de fotografia de rua) colocarem a mão na massa.

1. Descarte o zoom e use uma lente grande-angular fixa:

Fotografia de rua não é como sua aula de ciências do segundo ano. Você não examina os objetos usando um microscópio. Ao contrário, fotografia de rua é baseada em experimentar a vida de perto e pessoalmente. Quando iniciar na fotografia de rua, você pode se ver tentado a usar uma lente zoom de 70-200mm para se sentir menos “incômodo” ao fotografar. Isso pode fazer mais mal do que bem.
Pra começar, você vai chamar muito mais a atenção em público se estiver segurando uma lente zoom enorme. Em segundo lugar, se você usa uma lente zoom você vai ter que apontá-la diretamente para alguém, o que vai fazer com que a pessoa que você está fotografando se sinta como se estivesse com uma arma apontada para sua cabeça. Ao invés disso, tente usar lentes grande-angulares. Isso vai resolver dois dos problemas mencionados anteriormente. Primeiro, lentes grande-angulares são geralmente bem pequenas e aparentam ser bem menos “ameaçadoras” do que as lentes tele-objetivas comuns. Em segundo lugar, ao usar uma lente grande-angular você pode capturar seu assunto sem necessariamente apontar a câmera diretamente para ele. O que me leva a meu próximo ponto:

2. Chegue perto:
Quando digo “perto”, quero dizer “CHEGUE PERTO”. Chegue tão perto que, quando você estiver tirando fotos de pessoas na rua você possa ver o suor pingando de suas testas ou possa ver a textura de suas peles. Ao usar uma lente grande-angular (como mencionado no ponto anterior), você se verá forçado a chegar perto do seu assunto. A vantagem disso é que a lente grande-angular vai te dar uma perspectiva que faça com que as pessoas que veem suas fotos sintam como se elas fossem parte da cena, ao invés de meros expectadores. Não somente isso, mas quando você está tirando fotos bem de perto das pessoas, eles geralmente pensam que você está tentando fotografar algo que está atrás delas. Eu recomendo usar uma 24, 28 ou 35mm em uma câmera crop ou em uma câmera full-frame.

3. Sempre leve sua câmera com você:

Você já ouviu isso um milhão de vezes e você sabe que deveria, mas parece que sempre acha desculpas para NÃO levar sua câmera com você: “é tão pesada”, “é incômoda”, “dá o maior trabalho”, “é frustrante”. Vou te dizer o que é frustrante: perder a perfeita oportunidade de tirar uma foto (um momento decisivo) e se arrepender disso pelo resto de sua vida. Tenho que admitir que isso foi um pouco dramático, mas é verdade. Se você sempre levar sua câmera com você, você nunca perderá aqueles “momentos Kodak” que parecem sempre acontecer nos momentos mais inesperados. Eu tenho tirado minhas melhores fotos nos momentos mais inesperados – imagens que seriam impossíveis de se captar se eu não estivesse com minha câmera ao meu lado.

4. Ignore o que os outros pensam a seu respeito:

Uma das coisas com as quais as pessoas se preocupam ao começar a tirar fotos na rua é com as pessoas que as julgam como “esquisitas” ou como “estranhas”. Ignore esses pensamentos. Quando você está fotografando nas ruas, você estará quase sempre sozinho. Isso significa que as pessoas que estarão te julgando, são pessoas que você não conhece e na maioria das vezes nunca vai ver novamente. Então, por que deixar que elas te atrapalhem?
Nós podemos nos sentir sufocados por essas “regras sociais”, mas lembre-se: essas regras podem sempre ser quebradas. Não há leis aqui que não permita fotografias em lugares públicos (salvo alguns lugares onde há proibição específica sobre isso).
Para se preparar melhor para seu papel de fotógrafo de rua, tente fazer algo fora do normal em público. Deite-se no chão por um minuto e veja como as pessoas ao seu redor reagem e simplesmente saia andando como se nada tivesse acontecido. Vá para um cruzamento movimentado e fique imóvel como uma estátua e veja como as pessoas reagem (acredite em mim, ninguém vai notar. Eu tive que fazer isso como um experimento para meu curso de sociologia). Quando entrar em um elevador fique virado ao contrário. O mundo social é cheio de regras falsas que nos oprimem. Quebre-as, e a fotografia de rua se tornará bem natural para você.

5. Sorria com frequência:

É engraçado o quão longe um sorriso pode ir, especialmente quando se está tirando fotos na rua. Se você tirar fotos de uma pessoa e essa pessoa te olhar de um jeito estranho, simplesmente toque na ponta de seu chapéu e mostre suas duas fileiras de dentes.  Eu diria que sorrir para estranhos (mesmo em Los Angeles) eu tenho uma taxa de retorno de 95%. Mesmo as pessoas que menos gostam de proximidade irão sorrir para você. Sorrir com frequência e para os outros, isso irá ajudar você a relaxar e iluminará a atmosfera ao seu redor. As pessoas confiam em um fotógrafo de rua que sorri, pois vão entender que você está tirando fotos por hobby, ao invés de alguém que tira fotos com intenções maliciosas.

6. Peça permissão:

Embora muitos dos fotógrafos de rua puritanos digam que a verdadeira fotografia de rua deve ser tirada escondida, eu discordo totalmente deles. Sinta-se livre para ir até estranhos que você ache que tenham aparência interessante, e peça a eles se você pode fotografa-los. As pessoas adoram ser fotografadas, e enquanto você se portar de forma cortês e casual sobre isso, a maioria das pessoas irá aceitar ser fotografada. Sinta-se livre para pedir para tirar fotografia de muitos assuntos mundanos da vida cotidiana como um garçom no restaurante, o atendente de um hotel, ou até mesmo o manobrista de estacionamento.

7. Seja respeitoso:

Essa é uma das linhas tênues quando se diz respeito à fotografia de rua. Eu me esforço o máximo para não tirar fotos de desabrigados quando eles parecem abatidos por conta de sua situação. Embora eu concorde que há fotos de muito bom gosto tiradas de desabrigados que servem para chamar atenção das pessoas para auxiliá-los, também há muitas imagens que parecem ser pura exploração. Pense em uma foto totalmente clichê de uma pessoa desabrigada agachada na calçada, mendigando. Antes de tirar essas fotos, pense na mensagem que você está querendo passar. Você está fotografando com o objetivo de levar as pessoas à consciência sobre a situação em que muitos sem-teto vivem ou você está tirando fotos por tirar? Ninguém pode ser o juiz – só você pode decidir.

8. Procure por justaposição:

Pra mim isto é o que faz com que a fotografia de rua seja tão singular e fascinante quando comparada à outros gêneros de fotografia. A fotografia de rua é capaz de transmitir humor, ironia, e a beleza do cotidiano, somente justapondo pessoas com outras pessoas e com o ambiente. Procure por placas com mensagens interessantes que pareçam ser contraditórias em relação às pessoas que estão à volta. Fique à procura de cabeças humanas que pareçam deslocadas por lâmpadas das ruas. Procure por dois indivíduos que sejam bem diferentes em altura, pele, ou até mesmo no peso. Capture um conjunto de emoções das pessoas, quer seja felicidade, tristeza ou curiosidade.

9. Conte uma história:


Imagine que você seja o diretor de um filme e está tentando criar um personagem interessante. Quem você escolheria para interpretar o papel? Qual vai ser o seu plano de fundo? Como os atores estarão interagindo entre si no ambiente? Que tipo de emoção você está tentando transmitir – capricho, curiosidade, tristeza? Se um expectador olhar para uma de suas fotos, ele simplesmente vai entender ou vai demorar um minuto ou dois e estudar sua imagem, tentando descobrir qual é a história intrínseca? Sua imagem cativou o expectador e o fez sentir que faz parte da cena? Questione a si mesmo na próxima vez que for tirar fotos na rua.

10. Simplesmente faça:

Este é o último, mas mais precioso ponto de todos sobre como se tornar um fotógrafo de rua. Ler todas dicas não irá te fazer bem algum no objetivo de se tornar um fotógrafo de rua. A fotografia não é feita atrás de uma tela de computador, mas nas ruas com uma câmera na mão. Sinceramente, quando se chega às vias de fato, toda essa obsessão sobre câmeras, lentes e equipamento importa. Pegue sua DSLR, Cybershot, iPhone, ou qualquer que seja seu equipamento e vá para as ruas! A beleza do mundo aguarda você – não perca a chance.

Sobre o autor: Eric Kim é um fotógrafo de rua baseado em Los Angeles. Ele está atualmente escrevendo um livro intitulado “Street Photography 101” que será distribuído mundialmente de graça no formato PDF.

Fonte: Digital Photography School

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O equipamento não faz de ninguém um bom fotógrafo

Texto de : Claudia Regina

Muita gente chega perguntando qual é o melhor equipamento, o que se deve comprar para iniciar na fotografia e dicas sobre marcas e preços. É interessante existir um guia sobre isso, sim, mas antes de falar sobre isso eu gostaria de falar um pouco mais sobre esse mito em torno do equipamento.

Aproveite o que você tem agora

Sim, existem equipamentos melhores e piores. É impossível comparar uma Tekpix ou CyberShot-alguma-coisa com o último lançamento de DSLR da Canon ou da Nikon, por exemplo. Mas o ponto aqui não é comparar a qualidade da câmera, e sim, primeiramente, do fotógrafo.

Não é a câmera – é o que está atrás dela

Um equipamento bom só vai dar mais recursos para quem está fotografando. A composição e o momento certo só podem ser percebidos por quem está o operando.
Em direção ao farol
Eu amo essa foto. Significa muito pra mim pois eu estava começando na fotografia e hoje ainda olho e penso com orgulho que eu "já tinha jeito pra coisa". Feita com compacta, em 2004

Dê uma câmera considerada amadora com controles manuais para um bom fotógrafo e ele ainda fará lindas fotos. Dê uma câmera maravilhosa para um apertador de botões e ele fará imagens razoáveis.

Mas e a qualidade? E os recursos?

Tudo depende dos seus objetivos.
Conheço muita gente que condena qualquer um que use uma “Canon Rebel”. “Rebel” é a linha chamada “amadora” das DSLR da Canon. Porém a câmera possui todos os controles manuais necessários e um sensor de qualidade. Muitos profissionais usam essa câmera para uso em estúdio, por exemplo, aonde não é necessário usar um ISO muito alto (o que nas Rebels faz a foto ficar com mais ruído que em outras).
compacta-dslr-antes-depois
Obviamente para alguns objetivos você precisa de um equipamento específico. Acima o mesmo assunto fotografado por uma compacta automática e uma reflex manual. Conheça seus limites mas, principalmente, trabalhe com eles.


Conheço muitos profissionais que usam Rebel e fazem um trabalho sensacional.
Assim como conheço pessoas que comprariam sem pestanejar câmeras de 20 mil reais quando:
1. No Brasil a maioria dos fotógrafos não ganha, com o seu trabalho, um valor alto o suficiente para um investimento desses
2. Para fazer fotos de flores no parque não é necessário ter uma câmera de 20 mil reais. Para fazer fotos de astros (estrelas, planetas), de esportes e da savana africana sim. Para flores, não. Para books em estúdio, não. Para casamentos, não. Para um bom setup de iluminação, não.
3. Uma câmera de 20 mil reais, usando a mesma lente, vai fazer exatamente a mesma foto que uma Rebel faz no automático. Com um pouco mais de resolução e com menos ruído, é claro. Mas algo que só será notado a partir de uma impressão de 40x60cm – não no seu Flickr.

Eu sou foda

Não seja a pessoa que quer se achar por causa do equipamento. Uma lente enorme não te faz um melhor fotógrafo. Uma 5d não te faz um melhor fotógrafo.
Fotos criativas, bem realizadas, com iluminação bacana e composição inteligente ou inovadora: isso sim te torna um melhor fotógrafo.

A câmera é o acessório da lente

Antes que você pense em comprar a câmera mais moderna e cheia de recursos e modernidades lembre-se que sua câmera nada mais é do que um acessório da lente. Aliás, a câmera é o “menos importante” entre lente, flashes, acessórios e – principalmente – criatividade. A qualidade final da imagem está diretamente relacionada a qualidade da sua lente e da iluminação da cena.

O melhor equipamento é o que você tem agora

Seja câmera, lentes ou acessórios: sempre queremos mais e mais. O mais moderno (que daqui alguns meses já não será o mais moderno), o mais rápido, o mais potente, o mais isso, o mais aquilo…
how to make macro shots.
Delícia de foto tirada pelo amigo André Beltrame

Então pense que, mesmo sempre querendo melhorar seu equipamento, o melhor que você tem agora é o que você tem agora.
Lide com as limitações (é claro que alguns equipamentos têm mais limitações que outros) e aprenda com isso. Saiba o que você pode e o que você não pode fazer com a sua câmera.

Use suas possibilidades atuais enquanto não tem algo melhor

A minha câmera já está fora de linha a anos. Existem mais 3 modelos mais modernos que ela na minha linha. E existem mais 2 linhas melhores que ela na minha marca.
Porém, ela faz muito bem o que eu preciso. Ela é rápida o suficiente para os meus retratos, ela tem um ruído bom no ISO máximo que costumo usar, ela tem um sensor ótimo que traz resultados maravilhosos para minhas impressões de book e posteres.
O que adianta eu querer uma câmera que não tenha nenhum ruído em ISO 3200 se eu não uso ISO 3200?????
O que adianta eu querer uma câmera que faça 30 fotos no modo sequencial se eu não trabalho com fotografia de esportes ou algo que precise disso? Nunca passo de 3 fotos no modo sequencial.
O que adianta eu querer uma câmera que seja full frame se não tenho dinheiro para comprar lentes compatíveis?
É claro que com uma câmera melhor e mais cara nossas possibilidades se abrem. Mas enquanto isso não acontece, vamos usar as possibilidades que a nossa câmera atual nos permite.
Afinal o objetivo é fazer fotografias – não imagens quaisquer de qualidade gráfica incrível.
Ps.: a foto de destaque saiu dessa entrada do Flickr, que fala sobre basicamente o que eu estou dizendo aqui.
 Veja Mais em: Dicas de Fotografia

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Amplie suas Aventuras!

Ultrapasse seus limites!
Transforme sua câmera em um equipamento à prova d'água e vá mais longe!



Outex é uma bolsa selada, totalmente impermeável, para proteção e conservação de máquinas fotográficas tipo monorreflex (SLR). Com Outex você pode usar seu equipamento na chuva, na trilha, no mar, na areia, na neve... enfim, em qualquer ambiente, pois sua máquina fica hermeticamente protegida.


 Outex é extremamete flexível e permite acesso a qualquer botão ou comando da máquina fotográfica. Sendo a menor bolsa estanque do mundo para máquinas monorreflex, Outex não adiciona volume ao seu equipamento, podendo ser usado no dia-a-dia com muito conforto e praticidade.

Outex pesa apenas 150g, é fácil de usar e fácil de guardar. Ainda assim, Outex é muito robusto e resistente. Seu exclusivo sistema de fixação garante vedação em todas as montagens, sendo impossível soltá-lo acidentalmente.


Para saber mais: Outex

sábado, 2 de abril de 2011

Tipos de Iluminação

 Escrito por Eliane Terrataca

Como todos já sabem, a fotografia é um registro de luzes, reflexos e sombras. Existem muitas maneiras diferentes de a iluminação se apresentar, ou você mesmo pode definir como ela irá se apresentar. A luz está diretamente baseada na posição da câmera com relação ao assunto da foto. Algumas pessoas nem fazem ideia disso e outras conhecem todas as possibilidades, mas não sabem dar o nome aos bois. Por esta razão que hoje vou explicar, de maneira simples, os diversos “tipos” de luz que existem ou que podemos “criar” em estúdio.
Luz frontal
Aqui a fonte de luz fica atrás da objetiva, gerando sombras reduzidas. Isso gera uma imagem “chapada” (a sensação de tridimensionalidade fica em segundo plano), mas registra muito bem as cores presentes na cena.
Contraluz
A luz fica atrás do assunto. A exposição pode ser regulada a fim de realçar detalhes, ou para transformar algo em silhueta, deixando o fundo em destaque. É uma ótima técnica para fotografar objetos transparentes (vidro, acrílico, plástico etc.), porque ressalta as extremidades e realça as formas.
por slimmer_jimmer
por slimmer_jimmer
Luz direcionada
Você também pode escolher um lugar específico: lateral, esquerda, direita, cima, baixo). Tudo depende do efeito que você desejar. Uma iluminação direcionada, através das sombras, dá mais volume e realça a textura do assunto.
Luz dura
Nada mais que uma luz direta. Ela cria sombras bem definidas e é comumente usada para criar imagens dramáticas ou que pretendem destacar texturas.
por Stéfan
por Stéfan
Luz difusa
É uma luz mais suave, filtrada. É bem distribuída pela cena, iluminando com uma só intensidade. Não produz grandes contrastes e nem sombras definidas. Fica tudo bem harmonioso. Dias nublados tendem a ter uma iluminação bem distribuída, são ótimos para fazer fotos externas.
Light Painting
É literalmente “pintar com luz”. Você pode usar lanternas e outros objetos luminosos para iluminar apenas as partes que interessar, pelo tempo que desejar. As possibilidades são muitas, afinal a luz não é fixa. O resultado é de uma iluminação aveludada, com uma atmosfera de sonho (se você estiver utilizando a Light Painting profissional). E também serve para brincar de escrever, desenhar ou o que mais você quiser.
 por Paula Korosue
por Paula Korosue
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 por JotaPê Correia
por JotaPê Correia
Também existem filtros de gelatina que podem ser colocados nas fontes de luz a fim de aumentar uma coloração específica, as luzes podem ser misturadas e muitas angulações podem ser escolhidas. O resultado final, bom ou ruim, só depende do olhar individual de cada fotógrafo. O importante mesmo é experimentar – sempre!

Para saber mais acesse:  Fós Grafê

domingo, 27 de março de 2011

Flash

Escrito por Strobe

Tipos de Flash e Funcionamento
Na fotografia moderna são usados três tipos de flash: o flash built-in, que vem incorporado na maioria das máquinas digitais (a Nikon D3 e a Canon 5D, por exemplo, não têm flash built-in); o flash compacto, também conhecido como "flash de sapata"; e o flash de estúdio.

Os flashes built-in são alimentados pela bateria ou as pilhas que alimentam a máquina; os flashes compactos são quase sempre alimentados por um conjunto de pilhas AA; e os flashes de estúdio são alimentados ora directamente de uma tomada ou então de fontes de alimentação transportáveis.

O princípio básico do funcionamento é igual para todos os flashes: primeiro é carregado um condensador e, no momento do disparo, essa energia é libertada rapidamente. Uma diferença importante entre os flashes compactos e os flashes de estúdio é que nos primeiros o condensador é carregado a 100% mas descarregado parcialmente, enquanto que nos segundos, o condensador é carregado parcialmente e descarregado a 100%. Isto é, nos flashes compactos a potencia é regulada pelo tempo de descarga, enquanto que nos flashes de estúdio a potencia é regulada pelo tempo de carga. Em consequencia, a duração do flash de um flash de estúdio e mais ou menos constante (ex.: 1/3000s é um valor típico), enquanto que num flash compacto varia consoante a potencia (ex.: de 1/1000s a 1/20000s).


Características de um Flash

Componentes. Normalmente um flash de sapata tem duas partes: (1) um corpo onde vão as pilhas, os controlos, os encaixes, e a electrónica e (2) uma cabeça, que permite ser orientada para os lados e para cima e que, lá dentro, tem algumas peças ópticas que permitem alargar ou estreitar o feixe do flash (o chamado "zoom" do flash). Nalguns casos é preciso usar um acessório (uma peça de plástico com pequenos prismas) para alargar ainda mais o feixe do flash e esse acessório está escondido na cabeça.


Potência. Os números 1, 2, 4, 8, 16, 32 e por ai fora são o denominador de uma fracção cujo numerador é 1 e indicam a potencia do flash (quando esta é ajustada manualmente no flash). Assim, 1/1 é a potencia máxima (100%) e 1/32 é uma potencia mais reduzida (~3%). Este é controlo mais básico de um flash e também deve existir num flash "built-in".


Zoom. O zoom tem como função original aproveitar ao máximo a potencia do flash concentrando-a na área visível ao ângulo de visão da lente. Por isso, usa-se um feixe de luz estreito para lentes de ângulo de visão estreito (lentes "longas") e usa-se um feixe de luz alargado para lentes de ângulo de visão alargado (lentes "curtas" ou wide). Mas isto só faz sentido se o flash estiver orientado na mesa direcção da lente, que é precisamente a "pior" forma de usar o flash.

A generalidade dos flashes externos têm cabeças orientáveis em dois eixos (elevação e rotação) e zoom. Alguns, como o Nikon SB-400, não têm zoom e são orientáveis apenas num eixo (elevação). O Sony HVL-F58AM é orientável em dois eixos, mas um deles é diferente do habitual (inclinação lateral em vez de rotação) e a elevação tem um movimento excepcionalmente amplo (quase 180º graus).

Os flashes built-in normalmente não têm zoom e raramente permitem orientar noutra direcção que não seja a mesma da lente.


GN (Guide Number). Este valor serve de referencia para a potencia máxima de um flash. Antigamente este número era usado para calcular o alcance do flash em determinadas condições, mas hoje em dia praticamente só serve para comparar flashes. O GN é medido em metros ou pés.


TTL (Trough-the-lens). É um sistema que permite calcular automaticamente qual a potencia de flash necessária usando a informação que chega a lente da máquina. O TTL exige que sejam feitos pre-flashes (disparos do flash com o obturador da máquina ainda fechado) para determinar a contribuição que o flash faz à cena.


Utilização do Flash

Modificar a qualidade da luz. O "bounce" é um das múltiplas técnicas de alterar a qualidade da luz. O "bounce" não é mais do que aproveitar uma superfície clara como uma parede, tecto ou outra coisa qualquer que esteja à mão para sobre ela reflectir a luz do flash e assim alterar simultaneamente a direcção e dureza da luz. Em bounce o zoom do flash pode ser usado para controlar a dimensão aparente da fonte de luz, pois altera o tamanho a projecção do flash. Os flashes com cabeça orientável têm a vantagem de fazer "bounce" mesmo quando montados na máquina.

De salientar que quando alguém diz que "detesta fotos com flash" usualmente quer dizer que detesta "fotos iluminadas com um a luz dura e com a mesma direcção da lente." Ora são precisamente estas duas características que são drasticamente reduzidas com a técnica de "bounce."

Usar o flash fora da cabeça (o que obviamente só é possível com um flash externo) permite alterar ainda mais a qualidade da luz e/ou conseguir efeitos dramáticos através do posicionamento da fonte de luz. Neste caso, usar luz dura (flash sem bounce) pode ser uma opção criativa viável pois já não estará na mesma direcção da lente.

Finalmente, o flash é uma luz de grande qualidade em termos de cor, só comparável com a luz de um dia ensolarado. Por isso não é de espantar que as cores fiquem muito mais vivas quando iluminadas com flash em vez de iluminação artificial vulgar.

Este é apenas um cheirinho do que se pode fazer com flashes para modificar a qualidade de luz.


Equilibrar a exposição. Fazer "fill flash" é usar o flash para equilibrar a iluminação entre um primeiro plano e um fundo muito iluminado (ex.: retratos em contra-luz).

Para a função de "fill" é crítica a velocidade máxima de sincronismo (a velocidade máxima à qual o conjunto máquina/flash consegue funcionar em simultâneo). O flash é uma luz intensa, mas de muito curta duração. Por isso, para aumentar a sua contribuição relativa convém usar velocidades de obturação altas (a luz ambiente contribui menos) e aberturas grandes (para o mesmo intervalo de tempo é capturada mais luz). No entanto, devido às limitações mecânicas do obturador a velocidade de sincronismo está geralmente limitada a cerca de 1/250 (dependendo da máquina).

Uma forma de ultrapassar esta limitação é a função de sincronização de alta velocidade (na Nikon, esta função chama-se Auto-FP). O que esta função faz é emitir uma série de pulsos de flash de potencia moderada, de modo a simular uma fonte contínua. Com esta função, o obturador pode funcionar a velocidades superiores à velocidade máxima de sincronismo.


Congelar movimento. Usar flash equivale muitas vezes a usar um obturador com a mesma duração do flash, mesmo que a velocidade do obturador seja superior a esse valor. Para congelar movimentos muito rápidos, os flashes compactos são melhores que os flashes de estúdio pois permitem durações de flash mais curtas.

A função estroboscópio do flash (disparar flashes a intervalos regulares) permite capturar vários momentos de um movimento numa única longa exposição, mas esta técnica é usada mais para efeitos científicos do que com efeitos artísticos.

O que já é mais comum é usar uma combinação de flash com longa exposição para conseguir "movimento com arrastamento". Para esta técnica é fundamental uma exposição suficiente para capturar o arrastamento e um flash sincronizado à segunda cortina do obturador. Isto é, o flash vai disparar muito perto do final da exposição e não no início como acontece normalmente. Assim, o que é capturado pelo flash é o estado final do movimento que é bem mais natural do que capturar o início. 
Para saber mais: Zwame Forum

domingo, 6 de março de 2011

Black Card

 Escrito por Rafael Resende

  Há algum tempo, tinha lido sobre a técnica de exposição do “black card”.  É uma maneira de se conseguir o mesmo efeito de um filtro de degradê, mas sem ter que comprar nenhum filtro. E ainda tem a vantagem de permitir o degradê em qualquer posição, e com qualquer intensidade. É como ter todos os filtros de gradiente num pedacinho de cartão preto. E tem também a economia de uma pilha de dinheiro, que de outra maneira teria sido gasta em filtros.
  Como quase nunca fotografo paisagens, não tenho muita utilidade pra esse efeito, mas com certeza é legal. Olha o que eu consegui fazer com alguns minutos de tentaivas:




  Esse é o tipo de foto onde, geralmente: a) o chão fica uma maçaroca sub-exposta e o céu fica maravilhoso, ou b) o chão fica super bem exposto e o céu fica estourado e sem detalhes.
  Aí que entra o tal black card. O truque é pegar um pedaço de cartão preto (ou qualquer outro material preto: nessa foto usei a alça da bolsa da câmera) e tampar, em frente à lente, a parte mais luminosa da foto (céu). Use o live view pra facilitar.
  Utilize um tempo de exposição mais para longo (pelo menos uns 3 ou 4 segundos). Faça a exposição ficar certa para a parte mais escura (chão). Tire a foto. Durante os primeiros segundos, deixe o cartão na frente da lente, tampando o céu (bem na linha do horizonte). Mais para o final, retire o cartão. A intenção é deixar o chão se expor normalmente, mas bloquear parte da luz que vai registrar o céu.
  O problema é que dessa forma não há degradê. A parte escura não tem uma transição suave pra parte clara. Aí que entra, na verdade, o segredo da técnica: é preciso chacoalhar o cartão. Enquanto a foto está sendo exposta, você fica vibrando o cartão. Dessa forma ele não registra um limite duro, delineado, mas sim um gradiente suave. O leve movimento do cartão borra suas próprias bordas! Observem estas fotos com 5 segundos de duração:




  Da esquerda pra direita: foto normal, foto com uns 2,5 segundos de bloqueio, e foto com uns 4,5 segundos de bloqueio. Parece até com aquelas fotos onde se excede o limite de tempo do sincronismo do flash, mas isso aí é luz natural!
  Por aí dá pra ver que dá pra dosar a quantidade do efeito. Note que a posição do degradê variou: é tudo na tentativa e erro. A área de transição também poderia ter sido maior, desde que eu vibrasse o cartão com movimentos mais espaçados.

Leia mais em  Blog da Lira Fotografia

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O mito dos megapixels

Quanto mais megapixels uma câmera tiver, melhor será, certo? ... Errado! Isto é um mito, no qual a maioria dos consumidores acredita devido ao marketing criado pelo mercado.
Vamos começar falando o que é exatamente um pixel. Um pixel é um ponto de cor, a menor unidade de uma imagem. Se você deseja ver um pixel, simplesmente dê zoom em uma foto usando um programa de edição ou visualização, e você verá inúmeros quadrados, que são os pixels.

Contagem de pixels
Expresso em megapixels, esta contagem é simplesmente a multiplicação do número de pixels na horizontal pelo número de pixels na vertical de uma imagem, ou seja, exatamente como o cálculo de uma área. A Canon EOS Rebel XT, por exemplo, tem 3456 X 2304, dando um resultado de 7.962.624 na multiplicação.... simplificadamente, 8MP.
Como este cálculo é semelhante ao cálculo de área de quadrados, para o dobro de megapixels (comparando-se 4MP e 8MP, por exemplo) temos um aumento de apenas 40% na largura e no comprimento. Pode parecer estranho, mas para comprar uma câmera capaz de gerar imagens com o dobro de tamanho que a sua atual, você precisaria encontrar uma com o quádruplo de megapixels. Por exemplo, as câmeras de 3MP têm 2048 pixels no comprimento, enquanto as de 12MP têm 4000 pixels, aproximadamente. Note que uma câmera de 12MP tem o dobro de resolução que uma de 3MP.


       













Nesta imagem, é possível comparardiferentes resoluções.

O mito
O mito dos megapixels foi iniciado pelos fabricantes de câmeras fotográficas, que passaram a usar estes números para enganar o consumidor e fazê-lo pensar que isto tem algo a ver com a qualidade. Aproveitando o fato de que um pequeno aumento de resolução linear resulta em um aumento enorme de resolução total em megapixels, os fabricantes lançam sempre novos modelos com mais e mais megapixels, se gabando com o quanto um modelo é melhor que o anterior mesmo com melhorias insignificantes. Este é um artifício usado pelos vendedores e fabricantes, fazendo-o sentir como se sua câmera atual já esteja ultrapassada e precise ser trocada.
Na realidade, em câmeras compactas há uma grande limitação quanto à incidência de luz nas lentes devido ao tamanho reduzido das mesmas. E como os sensores das câmeras são produzidos em dimensões físicas padronizadas, ao aumentar-se o número de pixels dentro de uma área constante, cada pixel capta menos luz e gera mais ruído na imagem... Ou seja, uma câmera com menos megapixels pode ser capaz de gerar imagens com mais qualidade do que uma com mais megapixels!

Conclusão
Não julgue ou compare a qualidade de uma câmera com outra apenas olhando suas resoluções. Isto é apenas uma unidade de medida, e que interfere em grandes ampliações e no tamanho da impressão... Então fique atento, e na hora de escolher qual câmera comprar considere outros fatores, como os recursos que ela possui (zoom, armazenamento, bateria, filme e som, LCD, ergonomia, etc) para que possa atender melhor às suas necessidades. 
Para saber mais: Fotografia  Online
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