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domingo, 27 de março de 2011

Flash

Escrito por Strobe

Tipos de Flash e Funcionamento
Na fotografia moderna são usados três tipos de flash: o flash built-in, que vem incorporado na maioria das máquinas digitais (a Nikon D3 e a Canon 5D, por exemplo, não têm flash built-in); o flash compacto, também conhecido como "flash de sapata"; e o flash de estúdio.

Os flashes built-in são alimentados pela bateria ou as pilhas que alimentam a máquina; os flashes compactos são quase sempre alimentados por um conjunto de pilhas AA; e os flashes de estúdio são alimentados ora directamente de uma tomada ou então de fontes de alimentação transportáveis.

O princípio básico do funcionamento é igual para todos os flashes: primeiro é carregado um condensador e, no momento do disparo, essa energia é libertada rapidamente. Uma diferença importante entre os flashes compactos e os flashes de estúdio é que nos primeiros o condensador é carregado a 100% mas descarregado parcialmente, enquanto que nos segundos, o condensador é carregado parcialmente e descarregado a 100%. Isto é, nos flashes compactos a potencia é regulada pelo tempo de descarga, enquanto que nos flashes de estúdio a potencia é regulada pelo tempo de carga. Em consequencia, a duração do flash de um flash de estúdio e mais ou menos constante (ex.: 1/3000s é um valor típico), enquanto que num flash compacto varia consoante a potencia (ex.: de 1/1000s a 1/20000s).


Características de um Flash

Componentes. Normalmente um flash de sapata tem duas partes: (1) um corpo onde vão as pilhas, os controlos, os encaixes, e a electrónica e (2) uma cabeça, que permite ser orientada para os lados e para cima e que, lá dentro, tem algumas peças ópticas que permitem alargar ou estreitar o feixe do flash (o chamado "zoom" do flash). Nalguns casos é preciso usar um acessório (uma peça de plástico com pequenos prismas) para alargar ainda mais o feixe do flash e esse acessório está escondido na cabeça.


Potência. Os números 1, 2, 4, 8, 16, 32 e por ai fora são o denominador de uma fracção cujo numerador é 1 e indicam a potencia do flash (quando esta é ajustada manualmente no flash). Assim, 1/1 é a potencia máxima (100%) e 1/32 é uma potencia mais reduzida (~3%). Este é controlo mais básico de um flash e também deve existir num flash "built-in".


Zoom. O zoom tem como função original aproveitar ao máximo a potencia do flash concentrando-a na área visível ao ângulo de visão da lente. Por isso, usa-se um feixe de luz estreito para lentes de ângulo de visão estreito (lentes "longas") e usa-se um feixe de luz alargado para lentes de ângulo de visão alargado (lentes "curtas" ou wide). Mas isto só faz sentido se o flash estiver orientado na mesa direcção da lente, que é precisamente a "pior" forma de usar o flash.

A generalidade dos flashes externos têm cabeças orientáveis em dois eixos (elevação e rotação) e zoom. Alguns, como o Nikon SB-400, não têm zoom e são orientáveis apenas num eixo (elevação). O Sony HVL-F58AM é orientável em dois eixos, mas um deles é diferente do habitual (inclinação lateral em vez de rotação) e a elevação tem um movimento excepcionalmente amplo (quase 180º graus).

Os flashes built-in normalmente não têm zoom e raramente permitem orientar noutra direcção que não seja a mesma da lente.


GN (Guide Number). Este valor serve de referencia para a potencia máxima de um flash. Antigamente este número era usado para calcular o alcance do flash em determinadas condições, mas hoje em dia praticamente só serve para comparar flashes. O GN é medido em metros ou pés.


TTL (Trough-the-lens). É um sistema que permite calcular automaticamente qual a potencia de flash necessária usando a informação que chega a lente da máquina. O TTL exige que sejam feitos pre-flashes (disparos do flash com o obturador da máquina ainda fechado) para determinar a contribuição que o flash faz à cena.


Utilização do Flash

Modificar a qualidade da luz. O "bounce" é um das múltiplas técnicas de alterar a qualidade da luz. O "bounce" não é mais do que aproveitar uma superfície clara como uma parede, tecto ou outra coisa qualquer que esteja à mão para sobre ela reflectir a luz do flash e assim alterar simultaneamente a direcção e dureza da luz. Em bounce o zoom do flash pode ser usado para controlar a dimensão aparente da fonte de luz, pois altera o tamanho a projecção do flash. Os flashes com cabeça orientável têm a vantagem de fazer "bounce" mesmo quando montados na máquina.

De salientar que quando alguém diz que "detesta fotos com flash" usualmente quer dizer que detesta "fotos iluminadas com um a luz dura e com a mesma direcção da lente." Ora são precisamente estas duas características que são drasticamente reduzidas com a técnica de "bounce."

Usar o flash fora da cabeça (o que obviamente só é possível com um flash externo) permite alterar ainda mais a qualidade da luz e/ou conseguir efeitos dramáticos através do posicionamento da fonte de luz. Neste caso, usar luz dura (flash sem bounce) pode ser uma opção criativa viável pois já não estará na mesma direcção da lente.

Finalmente, o flash é uma luz de grande qualidade em termos de cor, só comparável com a luz de um dia ensolarado. Por isso não é de espantar que as cores fiquem muito mais vivas quando iluminadas com flash em vez de iluminação artificial vulgar.

Este é apenas um cheirinho do que se pode fazer com flashes para modificar a qualidade de luz.


Equilibrar a exposição. Fazer "fill flash" é usar o flash para equilibrar a iluminação entre um primeiro plano e um fundo muito iluminado (ex.: retratos em contra-luz).

Para a função de "fill" é crítica a velocidade máxima de sincronismo (a velocidade máxima à qual o conjunto máquina/flash consegue funcionar em simultâneo). O flash é uma luz intensa, mas de muito curta duração. Por isso, para aumentar a sua contribuição relativa convém usar velocidades de obturação altas (a luz ambiente contribui menos) e aberturas grandes (para o mesmo intervalo de tempo é capturada mais luz). No entanto, devido às limitações mecânicas do obturador a velocidade de sincronismo está geralmente limitada a cerca de 1/250 (dependendo da máquina).

Uma forma de ultrapassar esta limitação é a função de sincronização de alta velocidade (na Nikon, esta função chama-se Auto-FP). O que esta função faz é emitir uma série de pulsos de flash de potencia moderada, de modo a simular uma fonte contínua. Com esta função, o obturador pode funcionar a velocidades superiores à velocidade máxima de sincronismo.


Congelar movimento. Usar flash equivale muitas vezes a usar um obturador com a mesma duração do flash, mesmo que a velocidade do obturador seja superior a esse valor. Para congelar movimentos muito rápidos, os flashes compactos são melhores que os flashes de estúdio pois permitem durações de flash mais curtas.

A função estroboscópio do flash (disparar flashes a intervalos regulares) permite capturar vários momentos de um movimento numa única longa exposição, mas esta técnica é usada mais para efeitos científicos do que com efeitos artísticos.

O que já é mais comum é usar uma combinação de flash com longa exposição para conseguir "movimento com arrastamento". Para esta técnica é fundamental uma exposição suficiente para capturar o arrastamento e um flash sincronizado à segunda cortina do obturador. Isto é, o flash vai disparar muito perto do final da exposição e não no início como acontece normalmente. Assim, o que é capturado pelo flash é o estado final do movimento que é bem mais natural do que capturar o início. 
Para saber mais: Zwame Forum

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